O brincar como atividade central na educação de infância
DOI:
https://doi.org/10.58041/aprender.226Palavras-chave:
brincar, finalidades educativas, ação pedagógicaResumo
O brincar como atividade natural das crianças é inegável, e provam-no observações diretas e naturalistas em qualquer cenário social, cultural ou geográfico. Esta é uma prerrogativa própria do ser humano, durante a sua vivência da infância. Se olharmos para um parque ao ar livre, ou para um campo de refugiados, para uma sala de jardim de infância em momentos não prescritos de atividade ou para qualquer outro espaço em que as crianças tenham liberdade de escolha, a brincadeira é manifesta; ela constitui a forma mais natural de a criança interagir com os outros e com as situações.
O brincar tem sido, ao longo do tempo, muito questionado por quem defende que a infância é um período de preparação para a vida ativa, em contramão com a afirmação do brincar como direito das crianças.
Escrita a várias mãos, a reflexão foi desafiada pela análise de práticas educativas partilhadas numa rede social, a partir das quais se problematizam as finalidades do brincar no seu quotidiano. Neste texto interessa-nos discutir a pertinência do brincar em jardim de infância, refletindo como tal se conjuga com a identidade própria destes contextos educativos, norteados por finalidades educativas definidas por referenciais legislativos e curriculares, bem como pelas representações sociais que existem face à frequência destes espaços.
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