Do cognitivo ao emocional
A educação socioemocional nas escolas portuguesas
DOI:
https://doi.org/10.58041/aprender.258Palavras-chave:
competências socioemocionais, educação em Portugal, bem-estar escolar, políticas educativas, desenvolvimento integralResumo
A educação socioemocional tem-se afirmado como uma componente estruturante da educação contemporânea, promovendo o bem-estar, o sucesso académico e a inclusão. Este artigo analisa criticamente o percurso da aprendizagem socioemocional em Portugal entre 2017 e 2025, com base numa revisão sistemática da literatura, relatórios institucionais e programas implementados no contexto escolar. Foram selecionados 10 programas desenvolvidos em escolas públicas e municípios, com destaque para projetos como Devagar se Vai ao Longe, MindSerena, Atitude Positiva, PDPSC e ADN Socioemocional 2.0. A evidência aponta para impactos positivos em domínios como autorregulação emocional, autoestima, empatia, competências relacionais e ambiente escolar. No entanto, persistem desafios estruturais, como a ausência de um referencial nacional, a escassez de formação docente específica e a necessidade de políticas públicas sustentáveis. A discussão articula os dados com os principais modelos teóricos, destacando o potencial transformador da educação socioemocional quando integrada de forma sistémica e participativa. Apontam-se ainda caminhos futuros, como a urgência de investimentos estruturais, formação contínua e desenvolvimento de investigações longitudinais.
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