O céu como espaço vivido
Percepções sobre o espaço celeste no cotidiano de Curitiba, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.58041/aprender.235Palavras-chave:
Céu, Espaço Celeste, Percepção, CotidianoResumo
Pesquisar o céu por meio de uma abordagem geográfica cultural pode revelar a relação entre o universo simbólico presente no céu e as práticas cotidianas em diversas culturas. O estudo da percepção do espaço celeste como espaço vivido é possível por meio de uma abordagem fenomenológica, uma vez que possibilita entender as relações que as pessoas estabelecem com o céu, permitindo explorá-lo como parte do cotidiano do indivíduo, que busca nele, compreender sua própria existência. Em centros urbanos essa conexão tem sofrido com o “apagamento celeste” por meio da luminosidade e poluição, enquanto em comunidades tradicionais o apagamento do céu é político, visto que a cultura hegemônica desconsidera seus saberes por gerações. O trabalho objetiva aprofundar sobre a influência do céu nas relações sociais a partir das percepções dos indivíduos sobre o espaço celeste de Curitiba (Brasil). Ao situar o espaço celeste como um espaço geográfico é possível fazer um resgate dessa conexão em um mundo marcado pela pressa. A metodologia utilizada evocou a lugaridade do céu por meio de fotografias tiradas por nove pessoas, buscando o cotidiano, as territorialidades e as feições do céu na paisagem urbana. Ao registrar o céu e refletir suas experiências cotidianas, as pessoas tendem a criar um vínculo com o céu, restaurando conexões perdidas devido à expansão urbana.
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