Identidades profissionais de educadoras de infância de bebés

Autores

DOI:

https://doi.org/10.58041/aprender.207

Palavras-chave:

educadoras de infância, identidades profissionais, creche, sala de berçário, bebés

Resumo

Este artigo incide no estudo das perceções e dinâmicas identitárias de educadoras de infância de bebés de contextos socioeducativos de creche, enquadrando-se conceptualmente na teoria da construção das identidades profissionais em educação de infância e metodologicamente, enquanto estudo qualitativo, nos paradigmas interpretativo e da complexidade, recorrendo empiricamente às técnicas de grupo focal, entrevista e análise de conteúdo. Os resultados indicam que as dinâmicas identitárias das educadoras de infância participantes na investigação dependem de processos de negociação, adaptação, insubordinação, submissão ou resignação, nos quais entram em jogo múltiplos fatores – biográficos e relacionais – que contribuem, compreendem, caracterizam e impactam na construção das identidades profissionais. Compreender as estratégias e recursos que as educadoras de infância mobilizam para fazer face aos desafios de uma profissão em construção e afirmação poderá contribuir para a melhoria da formação dos/as educadores/as de infância e para a ação pedagógica em salas de berçário de contextos de creche, impactante na educação e cuidados dos bebés, crianças pequenas e suas famílias. O reconhecimento social da importância destes/as profissionais nesses contextos pode informar políticas educativas e organizacionais no âmbito da educação e cuidados na pequena infância.

Biografias do Autor

  • Bárbara Tadeu, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

    Educadora de infância, docente de educação especial e docente-supervisora de estágios no Mestrado em Educação Pré-Escolar (MEPE), no Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação (IPL-ESE), com uma pós-graduação em creche e outros equipamentos para crianças entre os 0 e os 3 anos (IPL-ESE) mestre em intervenção precoce (IPL-ESE) e doutorada em ciências da educação, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP). Os seus interesses de investigação centram-se na educação e cuidados em educação de infância, nas questões da qualidade em contextos de educação de infância, nas identidades profissionais em educação de infância, no bem-estar profissional e no trabalho emocional em educação de infância.

  • Amélia Lopes, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

    Professora Catedrática da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (FPCEUP), Vice-Diretora do Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE) e Cocoordenadora do Observatório da Vida Escolar e da Comunidade de Prática de Investigação - Identidades, Democracia, Escola, Administração e Formação (IDEAfor). É atualmente Presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação (SPCE). Tem sido membro de diversos júris de prémios científicos e pedagógicos, avaliando projetos, programas, investigadores e publicações, sobretudo nos domínios da formação de professores, das identidades profissionais, da transformação educativa e das ciências da educação em geral. Entre outros, foi Coordenadora Geral da Organização do II Encontro Luso-Brasileiro sobre Trabalho Docente e Formação de Professores e do I Congresso Internacional  Escola, Identidades e Democracia. A sua investigação e produção científicas abrangem as temáticas eletivas da formação de professores, das identidades profissionais, da profissão docente, da inovação escolar e do profissionalidade docente. Foi/é coordenadora de vários projectos nacionais e internacionais financiados, incluindo “Formação Inicial de Professores e Identidades Profissionais”, “Avaliação dos Efeitos do Sistema de Formação Contínua de Professores”, “Formação Inicial de Profissionais Auxiliares: o caso dos professores e dos enfermeiros”, e o projeto “Cinquenta anos de ensino: fatores de mudança e diálogos intergeracionais”, que se debruça sobre as mudanças educativas ao longo de cinquenta anos de democracia em Portugal, após a revolução dos cravos.

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Publicado

17-12-2024

Edição

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Tema central

Como Citar

Dinis Monteiro Tadeu, B. A., & Lopes, A. (2024). Identidades profissionais de educadoras de infância de bebés. Aprender, 48, 22-41. https://doi.org/10.58041/aprender.207