Da fugacidade de uma carreira na investigação: linhas de um debate a partir de reflexões com jovens investigadores em Ciências da Comunicação da SOPCOM
DOI:
https://doi.org/10.58041/aprender.52Palavras-chave:
jovens investigadores; ciência; investimento; SOPCOM; Ciências da ComunicaçãoResumo
A realidade da formação universitária em Portugal conheceu profundas alterações nos primeiros anos do século XXI, com a adaptação ao processo de Bolonha que exigiu remodelações de cursos e disciplinas, alargando o ensino a etapas outrora distantes, como o mestrado, doutoramento e pós-doutoramento. Paralelamente, a investigação científica encontrou novas dinâmicas, com o financiamento de projetos coletivos e políticas de formação avançada de recursos humanos, através de diversos concursos para atribuição de bolsas, num ritmo que hoje se debate com enormes dificuldades e retrocessos.
Estas dinâmicas incentivaram muitos jovens, que encontraram na ciência uma fonte de formação complementar e subsistência para um mercado de trabalho débil e com poucas oportunidades de aprendizagem. Inspirado por algumas destas movimentações, este texto propõe linhas para um debate sobre a realidade dos jovens investigadores em Portugal, mais concretamente na área das Ciências da Comunicação, conhecendo razões plausíveis para entrar no universo da investigação, dificuldades mais comuns, rotinas de publicação e deslocações a congressos, entre outros aspetos.