O Turismo Literário como elemento valorizador do Património Cultural de Portalegre
DOI:
https://doi.org/10.58041/aprender.129Palavras-chave:
Turismo, literatura, turismo cultural, turismo literário, itinerários literáriosResumo
O património cultural de uma cidade pode evidenciar‐se através dos seus escritores que, na sua obra, refletem a cultura, o modo de vida, a história dos locais onde viveram ou sobre os quais escreveram. A procura de roteiros ou itinerários literários, e outros produtos relacionados com a literatura clássica, moderna ou contemporânea, constitui uma motivação para a viagem de um determinado segmento de turistas – os turistas literários – cujo interesse consiste em descobrir os locais onde escritores de renome eternizaram espaços onde viveram e frequentaram ou, ainda, ficcionaram nas suas obras.
Existem diversos exemplos de cidades que, por todo o mundo, apostaram no turismo literário como uma alternativa às ofertas mais tradicionais do turismo cultural. Em Portugal, escritores como José Saramago, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, entre outros, inspiraram a criação de roteiros, festivais literários, ou a construção de casas‐museu.
Portalegre acolheu durante mais de trinta anos o escritor José Régio, que nesta cidade produziu uma vasta obra literária.
Neste artigo, para além de uma perspetiva geral sobre o turismo literário no mundo e em Portugal, pretendemos enfatizar o potencial que esta cidade possui para a criação de produtos de turismo literário em torno da obra de José Régio, que tornem esta cidade mais atrativa para o turista cultural, valorizem o seu património e acrescentem valor à experiência dos seus visitantes.